Era uma vez, um menino que foi passear com os pais a um jardim muito grande, numa manhã de Primavera.
O jardim tinha muitas árvores e um grande lago com peixinhos e cisnes. Também havia um espaço para os meninos andarem de bicicleta, trotinete, skaite e patins.
O menino, reparou que os canteiros estavam a ficar com flores novas e as árvores cheias de rebentinhos.
Os meninos combinaram que todos os dias depois das aulas se encontrariam no parque para brincar. Fizeram logo novos amigos, com os quais jogavam à bola e às escondidas. Os esconderijos eram atrás dos arbustos, das enormes árvores, dos muros e dos escorregas. Eram sempre observados por um grupo de idosos que costumavam jogar xadrez e às cartas. Neste parque era proibido fumar e deitar lixo para o chão.
Estavam alguns meninos, atrás de uns arbustos floridos a brincar às escondidas, quando de repente, ali mesmo ao lado, por detrás do tronco de Faia, um menino comia o seu lanche. Quando acabou de comer, preparava-se para se ir embora deixando o lixo na relva.
Os meninos, correram atrás dele gritando, acenando. Queriam que ele reconhecesse, que tinha tido uma atitude errada.
Já estavam a ficar cansados e a pensar em desistir, quando finalmente o rapaz olhou para atrás, parou e deu-se conta que era a ele, que os meninos chamavam.
- Estão a chamar-me?
- Sim.
- Porquê? – pergunta o menino.
- Porque deitaste o lixo para o chão. Tens que ir apanhá-lo.
- Não me apetece! – respondeu o menino.
- Sabes do perigo que podes provocar?
- Perigo!! Qual perigo?
- O perigo de incêndio e de provocar doenças.
- Nunca tinha pensado dessa maneira.
- Pois, geralmente as pessoas nunca pensam.
- Prometo nunca mais fazer isso.
- Estás desculpado, depois de apanhares o lixo, podes ir brincar connosco.
O menino juntou-se aos outros e continuaram o jogo das escondidas.
A meio do jogo, o Diogo, o novo amigo, deu um grito:
- Tive uma ideia! Já sei como podemos manter o parque sempre limpo!
Os outros diziam ao mesmo tempo:
- Diz! Diz no que pensaste!
- Amanhã, podíamos juntar-nos aqui no parque. Trazíamos cartão, canetas, tesouras e cola. Depois fazíamos vários cartazes para alertar as pessoas a não sujaram o parque.
- Boa ideia. – disse um deles.
- Por mim começava já hoje – continuou outro menino.
Todos os dias, à tarde, depois de fazerem os T.P.C. os meninos juntavam-se a fazer os cartazes. Fizeram quase cem cartazes. Colaram-nos nos troncos das árvores, nos caixotes do lixo, nos muros e outros distribuíram-nos pelas pessoas que apareciam no parque.
Esta actividade resultou mesmo!
Até o varredor do lixo deixou de aparecer no parque, pois não tinha lá que fazer.
Com tanta limpeza que havia no parque até as próprias plantas e animais se orgulhavam ali viver.
Eis que certo dia, a faia que ali morava já aos anos mandou reunir todas as plantas e animais do parque.
- Queridos amigos, parece-me que os nossos companheiros de brincadeiras através dos cartazes que elaboraram conseguiram que o nosso parque passe o mais limpo do mundo. Não acham que lhe devemos retribuir o gesto?
- Claro que sim. – respondeu a Dª Borboleta de imediato.
- Então! Então o que é que pensas fazer? – questionou o caracol.
- Acho que devíamos levar esta ideia até aos outros parques, para assim, também serem tão estimados como nós somos.
Deitaram mãos à obra e cada um da melhor maneira começou por espalhar a notícia.
Foi então, que a novidade chegou ao conhecimento do Sr Papagaio, que logo correu para junto do seu pequeno dono e sussurrou-lhe ao ouvido o acontecido.
Ao ouvir tal notícia o pequeno menino resolve fazer algo idêntico pelo recreio da sua escola, pois encontrava-se bastante sujo.
No outro dia, logo pela manhã ao entrar na sala o menino pediu à sua professora que gostaria de juntamente com os colegas sensibilizar todos os alunos para questão da poluição do recreio.
Achas que eles foram capazes?...
A história foi contruida pelo 2ºA, 2ºB, 2ºC, 3ºC, 3ºB e 4ºC do ano lectivo 2006/2007 cá da BE/CRE.